Morte
de russa campeã de apneia traumatiza comunidade do mergulho
Natalia Molchanova era recordista e conhecida como a
"máquina do mergulho livre". Seu desaparecimento na costa da Espanha
ainda está envolto em mistério
Natalia era uma superestrela do esporte: foi campeã do
mundo 23 vezes e quebrou 41 recordes mundiais. Entre eles, ficar nove minutos e
dois segundos em apneia, sem respirar embaixo d´água, ou descer a 101 metros de
profundidade com auxílio de nadadeiras. Em 2 de agosto ela fazia um mergulho
recreativo nas águas de Formentera, perto de Ibiza, na costa espanhola. Ela
desceu a uma profundidade estimada entre 30 e 40 metros e não retornou à
superfície. Em comunicado conjunto, a Federação Internacional de Mergulho Livre
e a família informaram que Natalia teria se separado do grupo de mergulhadores
que a acompanhavam e, provavelmente, teria sido arrastada por uma das fortes
correntezas da região.
Mas
o que é Apneia ?
O termo apneia provém do latim e significa ausência de
entrada de ar, ou seja, a interrupção da comunicação do ar atmosférico com as
vias aéreas e pulmões. Ela ocorre muitas vezes durante o sono sendo
considerada um problema grave que precisa de tratamento.
Apneia também é uma designação para o esporte conhecido
como mergulho livre. Nele, o mergulhador submerge sem o auxílio de
equipamentos para respirar, ou seja, em apneia. O mergulhador possui total
liberdade de movimentos e interação com a água, o único limite é o fôlego,
que dita o momento de retornar à superfície para renovar o ar.
Apneia
do sono
A apneia do sono é uma
desordem comum. Durante apneia do sono a respiração para ou fica muito fraca
quando a pessoa dorme, cada pausa na respiração dura geralmente entre 10 a 20
segundos, ou mais. Essas pausas podem ocorrer de 20 a 30 vezes a cada hora.
O tipo mais comum de apnéia do sono é a obstrutiva, ou seja, durante o sono,
ar suficiente não consegue ir para os pulmões através da boca e nariz, mesmo
que a pessoa tente respirar. Quando isso acontece, a quantidade de oxigênio
no sangue pode cair, a espiração normal então começa novamente com o ronco
alto.
Causas
Sabemos que a apneia tem várias causas que atuam em
conjunto. As principais são causas anatômicas, genéticas e obesidade.
Os fatores anatômicos mais comuns são:
·Obstrução nasal (por desvio septal, rinite e
pólipos nasais)
·Desproporções da face (queixo posicionado
para trás que leva a base da língua na direção da garganta).·
·Aumento de amígdalas e adenoide
Algumas
condições comorefluxo
gastroesofágico, álcool e cigarro agravam o distúrbio. Alguns
medicamentos usados para iniciar o sono, como benzodiazepínicos e relaxantes
musculares também favorecem as apneias.
Outras condições que comumente
causam apneia são:
Asmae doenças pulmonares no geral
Encefalite
Meningite
Pneumonia
Convulsões
A apneia do sono aumenta a
probabilidade do paciente desenvolver doenças potencialmente letais. Está
associada ao aumento do risco dehipertensão, insuficiência e arritmia cardíacas, derrame ediabetes.
A apneia
obstrutiva do sono (SAOS) acomete aproximadamente 30% da população adulta
mundial. A maior parte dos pacientes, entre 85% e 90%, convive com a doença
sem receber o diagnóstico e continua sem tratamento.
Diagnóstico
A apneia do sono só pode ser diagnosticada através de
um exame polissonografia, pode ser feito em casa ou em um laboratório do
sono.
Atraqueostomia é um procedimento cirúrgico por meio do qual se cria um orifício na
frente dopescoço que dá acesso àtraqueia, na altura entre o
2º e 3º anéis, permitindo uma ventilação
mecânica prolongada, naqueles casos em que a ventilação espontânea é
impossibilitada. Normalmente, o ar passa pelas narinas ou pelaboca, atravessa alaringe por entre as pregas vocais e segue pelatraqueia até osbrônquios ealvéolos pulmonares. Natraqueostomia, o ar entra diretamente natraqueia através de uma cânula colocada no
orifício feito natraqueia. Ela representa, pois, um atalho para o paciente que precisa
da ajuda de aparelhos para respirar. Dependendo da sua causa, atraqueostomia pode ser temporária
ou permanente. Atraqueostomia, na maioria das vezes, é praticada em pacientes de idade
avançada, muito debilitados; nos com fraquezas de aeração; doenças ou traumas
neuromusculares; queimaduras;neoplasias; corpos estranhos; anomaliascongênitas que afetem a respiração;infecções; apneias do sono,
etc. Em muitos casos, como nosedemas deglote, por exemplo, atraqueostomia pode salvar vida.
Ela é uma via alternativa à intubação orotraqueal quando essa não for possível por exemplo, podendo passar muito mais tempo do que esta no paciente, se forem tomadas as devidas medidas de higienização na cânula.
Quando não se precisa mais da trauqeostomia, dá-se início
ao processo chamado de decanulação.
Gradualmente troca-se a cânula por outras com diâmetros cada vez menores, até que o paciente fique sem nenhuma cânula e o orifício feche
espontaneamente. A recuperação daincisão, após a retirada da cânula, depende de diversos fatores,
variando de cinco a trinta dias. Atraqueostomia sempre traz dificuldade para falar, uma vez que o ar expelido não passa pelas
cordas vocais, mas a fala é recuperada quando atraqueostomia é desfeita.
Aqui, um vídeo exemplificando um procedimento cirúrgico de traqueostomia...
O soluço é o resultado de uma súbita e involuntária contração do músculo diafragma, que fica localizada entre o tórax e o abdômen. O soluço na imensa maioria dos casos é um problema auto-limitado, de curta duração e sem nenhuma relevância clínica.
Em algumas pessoas, porém, o soluço pode ser persistente, tornando-se um problema crônico e de difícil controle. Segundo o médico Tarcísio Mota, até mesmo os bebês no útero podem ter soluços. "O soluço pode aparecer quando você come muito rápido, porque engole ar junto com a comida, ou quando enche o estômago demais e acaba irritando o diafragma", disse Mota.
Como o soluço é causado?
Na maioria das vezes, o soluço é causado por uma irritação no nervo chamado frênico, que auxilia os movimentos do diafragma, músculo que separa o tórax do abdome, na respiração. A expiração do ar acontece quando o diafragma relaxa e, a inspiração, quando ele se contrai.
Como o diafragma e o nervo frênico estão localizados logo acima do estômago, qualquer alteração neste pode prejudicá-los. Por isso, quando comemos demais ou ingerimos bebidas muito quentes, muito geladas ou com muito gás, o estômago incha e pode provocar uma irritação no frênico, que faz com que o diafragma se contraia.
Assim, acontece a inspiração de ar, mas, ao mesmo tempo, ao contrário do normal, a glote se fecha. A glote, no funcionamento normal, só se fecha para a passagem de alimentos ao esôfago, e fica aberta para a respiração.
Ou seja, o soluço resulta de uma espécie de "pane" na sincronia do diafragma com a glote. O barulho desagradável é provocado pelas cordas vocais, que se movimentam com a passagem do ar.
"Pode ser uma doença da vesícula, do esôfago, do estômago, ou até uma pneumonia na base do pulmão que provocam o soluço, pois são órgãos que podem afetar o diafragma", explica a gastroenterologista Maria do Carmo Sriche Passos, do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
ATENCAO!!!!!!
Soluços que duram mais de 48 horas podem ser causados por uma variedade de fatores, por exemplo: irritação dos nervos do diafragma, doenças do SNC, alterações metabólicas, medicamentos, etc. Eles devem ser investigados, pois fatalmente são causados por algum problema médico. Nestes casos, o tratamento dos soluços passa pelo tratamento da causa de base.
Verdade ou mito?
Levar susto cura soluço?
Levar um baita susto pode sim curar soluço. Quando tomamos um susto legítimo (destes totalmente inesperados), o corpo reage inspirando muito ar de uma vez só, alongando os músculos responsáveis pelos soluços. Isso pode provocar um contraestímulo para que eles parem de se contrair involuntariamente.
Como parar o soluço?
Não existe uma cartilha da medicina que indique um procedimento padrão para o tratamento de crises de soluços. Mas os médicos sabem que várias receitinhas populares são eficazes. Além de sofrer um susto, beber água rapidamente, chupar limão, prender a respiração por alguns segundos, chupar gelo, usar o cabo de uma colher para levantar a úvula (a campainha da garganta) e até induzir vômito podem ajudar a parar uma crise. Algumas dessas manobras atuam no nervo que estimula o diafragma (e que passa perto do esôfago) - como chupar limão -, e outras mexem diretamente com a musculatura - prender a respiração é uma delas.
É a forma mais comum entre as chamadas doenças intersticiais pulmonares. É uma doença crônica não infecciosa, de causa desconhecida e limitada aos pulmões, em que vai ocorrendo substituição do pulmão normal por fibrose (tecido de cicatrização), alterando a sua capacidade de realização de trocas gasosas (oxigenação do sangue).
Como a doença evolui?
Há uma grande variação na evolução entre os portadores de fibrose pulmonar idiopática, podendo a doença evoluir lentamente no decorrer de anos ou apresentar uma progressão mais rápida, de alguns meses. Na maioria das vezes, apresenta evolução lenta e progressiva, porém fatal, de modo que os portadores da doença sobrevivem em média 2 a 4 anos após o diagnóstico.
Tratamento :
Os tratamentos atuais da fibrose pulmonar idiopática compreendem oxigenoterapia, reabilitação pulmonar e transplante pulmonar (FDA in MEDCENTER 2014). Além desses tratamentos, no dia 26 de outubro foi aprovado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) o primeiro medicamento para o tratamento da Fibrose Pulmonar Idiopática (FPI), chamado Nintedanibe. Os pacientes com essa doença pulmonar rara e fatal, com sobrevida média após o diagnóstico de 2 a 3 anos e que até então não dispunham de tratamento, passam a contar com uma esperança que reduz em 50% o declínio anual da CVF, reduzindo assim a progressão da doença em diversos níveis evolutivos. O nome comercial do medicamento é OFEV®.
Dessa forma, o OFEV®, se configura como o primeiro medicamento que atua especificamente em fatores que estão ligados à fibrose e progressão da FPI, sendo capaz de reduzir o declínio da função pulmonar impedindo a multiplicação, migração e diferenciação dos fibroblastos.
Em estudos histológicos da FPI anteriores,por exemplo, a extensão dos focos fibroblásticos influenciou a sobrevida: focos esparsos associaram-se a sobrevida significativamente maior. Quatro estudos publicados correlacionaram diversos achados de biópsia a céu aberto com a sobrevida em pacientes com fibrose pulmonar idiopática/pneumonia intersticial usual.
A inovação de OFEV® consiste em ser o primeiro medicamento que atua especificamente em fatores que estão ligados à fibrose e progressão da FPI, sendo capaz de reduzir o declínio da função pulmonar impedindo a multiplicação, migração e diferenciação dos fibroblastos. Com isso, a formação das cicatrizes é desacelerada, preservando a parte sadia do pulmão. Este medicamento é o único a apresentar estudos que comprovam sua eficácia em diminuir a ocorrência de exacerbações. A posologia indicada do nintedanibe (OFEV®) para o tratamento de fibrose pulmonar idiopática é de uma cápsula de 150mg via oral duas vezes ao dia.
O cigarro contém cerca de 5.000 substâncias diferentes na sua composição, sendo todas essas substâncias nocivas ao organismo humano. As campanhas de conscientização sobre o risco que o fumo trás à saúde surtiram efeito nos últimos 9 anos, fazendo com que houvesse uma redução de 30,9% do índice de fumantes no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Estima-se que, no brasil, o tabagismo é responsável por cerca de 200.000 mortes por ano.
Algumas substâncias do cigarro:
Nicotina - Substância que causa dependência.
Benzeno - Presente nos detergentes, na gasolina e pesticidas e pode ocasionar enfizema pulmonar, asma, câncer de fígado e leucemia.
Polônio - Elemento radioativo que pode ocasionar câncer no pulmão.
Cetona - Pode ocasionar irritação na garganta, dores de cabeça e tonturas.
Terebentina - Presente em removedores de tintas à óleo e pode provocar irritação nos olhos, vertigem, desmaios e lesões no sistema nervoso central.
Algumas outras substâncias nocivas: monóxido de carbono, níquel, metais pesados, arsênio e acetato de chumbo.
Algumas repercussões do fumo no organismo humano:
Sistema Nervoso: A nicotina chega aos alvéolos em forma de gotículas, sendo absorvida pelos vasos sanguíneos que os irrigam, ela atravessa a parede dos vasos e vai para a corrente sanguínea. O sangue e a nicotina se misturam e em pouco tempo, cerca de 6 a 10 segundos, chega ao cérebro. No cérebro, a nicotina se liga aos receptores de nicotina, isso leva a sensação de bem-estar, já que há um aumento na liberação de dopamina. Quanto maior o número de vezes que o tabagista fuma, maior será a quantidade de receptores. Mas na medida que a nicotina é metabolizada, os receptores vão ficando vazios, isso leva o fumante à crises de abstinência.
Sistema Respiratório: A deposição de substâncias, como o alcatrão e o polônio, nos pulmões acarreta erros durante o ciclo de divisão celular. Esses erros, quando não identificado pelo sistema imunológico, geram erros de duplicação celular, gerando tumores. Além disso, o uso de cigarro pode ocasionar mais de 50 patologias relacionadas ao sistema respiratório dentre elas estão as infecções respiratórias, a asma e o enfisema pulmonar.
Sistema Cardiovascular: O monóxido de carbono existente na fumaça do cigarro entra nas hemácias, essa substância tem maior afinidade com a hemoglobina do que o oxigênio. Isso dificulta o transporte de oxigênio para os tecidos periféricos.
Sistema Imunológico: Gases tóxicos como formaldeído e amônia colocam o sistema imunológico em alerta, causando uma infecção da mucosa respiratório.
Fumantes ainda têm redução do olfato e alteração do paladar, além de perda dos dentes.
Sopro no coração é o nome de um ruído que pode ser ouvido
("auscultado", em termo técnico) do peito durante um exame físico. O
sopro no coração é resultado de sangue passando através de um orifício menor do
que deveria. Ele pode ser congênito ou aparecer com a idade mais avançada, por exemplo,
um degeneração de alguma válvula.
O sopro acontece quando alguma válvula cardíaca está com o orifício de
passagem reduzido (estenose) ou quando ela não fecha direito e deixa o sangue
voltar por um furinho (insuficiência). Um sopro no coração por si só não é uma
doença, mas indica que tem algum problema com a saúde do coração.
Sintomas
Um sopro cardíaco
anormal pode causar outros sinais óbvios, além do som incomum que seu médico ausculta,
como por exemplo:
Pele azulada, especialmente nas pontas
dos dedos e lábios
Como saber se um sopro é benigno ou um sinal de doença do coração?
Até 50% das crianças sem problemas cardíacos podem apresentar sopro no
coração. Em geral, o sopro desaparece espontaneamente com o crescimento. Ele
ocorre, habitualmente, devido às desproporções entre os tamanhos das estruturas
do coração e seus vasos. No adulto, o sopro também pode ser benigno, mas não é
tão comum como nas crianças.
O sopro benigno é sempre sistólico e de baixa intensidade (grau I ou
II). Sopros diastólicos ou de grau maior que III são sempre patológicos. O
sopro benigno costuma ficar mais intenso quando o paciente se deita e
desaparece, ou quase, quando o paciente se senta ou fica em pé.
Os sopros são graduados em I a VI.
– Sopro grau I – sopro muito discreto, inaudível para quem não tem
ouvidos treinados.
– Sopro grau II – sopro médio, facilmente audível pelo estetoscópio.
– Sopro grau III – sopro alto.
– Sopro grau IV – sopro muito alto que pode ser sentido com mão ao se tocar no
peito do paciente.
– Sopro grau V – sopro muito alto que pode ser escutado mesmo sem encostar o
estetoscópio no peito do paciente.
– Sopro grau VI – sopro tão alto que poder ser escutado mesmo sem estetoscópio.
Quanto maior o grau do sopro, mais grave é a doença da válvula
acometida.