‘’Morte cerebral’’ x Estado vegetativo : Qual a diferença?
É válido ressaltar que o termo "morte encefálica" é mais adequado do que "morte
cerebral". Isso, porque o termo possui uma maior amplitude anatômica, uma
vez que o encéfalo é formado pelo cérebro, tronco encefálico e cerebelo. O
termo "morte cerebral" restringe-se somente ao cérebro, o qual é
apenas a porção superior do encéfalo e por ser uma palavra mais conhecida,
cérebro, o termo "morte cerebral" acabou se popularizando nos meios
fora da área da saúde e adotado como sinônimo de "morte encefálica’’ .
É um quadro em que as funções cerebrais (telencéfalo e diencéfalo) e do tronco
encefálico estão mortos , mas o restante do corpo esta vivo (até a parada
cardíaca e a falência dos demais orgãos) e apto a ser doado . O diagnóstico de
morte encefálica no Brasil deve ser feito por, pelo menos, dois médicos e está
normatizada pela Resolução 1.480/97 do Conselho Federal de Medicina. Segue um rigoroso
protocolo que avalia o comando verbal, visual
ou estímulo doloroso, o que tecnicamente corresponde ao nível 3 da Escala de
Coma de Glasgow( escala neurológica
para detectar o nível de consciência de uma pessoa).
Critérios relevantes:
Parada
total e irreversível das funções encefálicas de causa conhecida e constatada de
modo indiscutível, caracterizada por coma aperceptivo, com ausência de resposta
motora supra-espinhal e apnéia.
Realidade Brasileira :
Infelizmente,
mesmo com a irreversibilidade do quadro decorrente a usência de todas as funções neurológicas é comum pessoas optarem por não doarem os órgãos
de seus familiares por medo de interromper a vida deste. Isso, demostra que uma
parcela considerável da população não é familiarizada com o assunto. Outra problema
recorrente é a falta de notificação de morte encefálica por insegurança e por despreparo
da equipe de saúde, permitindo que 70% dos órgãos aptos a serem doados sejam desperdiçados.
Nessa perspectiva, cabe aos médicos e aos demais profissionais da saúde não
apenas a aptidão para um diagnostico correto, mas a clareza ao explicar
situação do quadro e a importância da doação de órgãos.
Estado vegetativo :
Como o proprio nome diz é um ''estado'', não um prognóstico definitivo. Assim por mais delicado que seja o quadro não é tão irrefutável como a morte encefálica. Isso, porque diferentemente da morte encefálica, a
pessoa em estado vegetativo está viva. As funções do tronco cerebral, como a respiração e a circulação
permanecem, mas não as funções corticais superiores. Por essa razão, o paciente
em estado vegetativo perde a função cognitiva , mas não a capacidade de
despertar. Assim, consegue executar as funções fisiológicas , abrir os olhos,
dormir e acordar , mas sem responder aos estímulos externos e ter consciência dessas
ações. A situação pode ser agravada com o decorrer de quadro semanas , umas vez que o quadro passa a ser considerado EVP (Estado vegetativo persistente). Seu diagnostico ,também, requer um rigoroso protocolo que avalia o comando
verbal, visual ou estímulo doloroso com base na Escala de Glascow.
Paciente Vegetativo :
Deve ser tratado com um paciente normal sendo assegurado o direito fundamental á vida e a medidas de saúde em prol da melhora do seu quadro como higiene, nutrição e medicação. Além disso o paciente requer não apenas uma equipe de saúde atenciosa, mas ,principalmente, a participação da família nesses cuidados diários para diminuir um pouco o isolamento e o sofrimento diário.
Publicado por Ingrid Andrade de Meneses.
https://www.youtube.com/watch?v=XVUDkQY-Fi4
file:///C:/Users/usuario/Downloads/resolu%C3%A7%C3%A3o%20292.pdf
MACHADO, Angelo B.M
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed
Publicado por Ingrid Andrade de Meneses.
https://www.youtube.com/watch?v=XVUDkQY-Fi4
file:///C:/Users/usuario/Downloads/resolu%C3%A7%C3%A3o%20292.pdf
MACHADO, Angelo B.M
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed
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