Doença celíaca e intolerância à lactose
Entre as patologias
que mais tem acometido parte da população é a intolerância ao glúten. Sabemos
que a doença celíaca, como é conhecida a patologia, acomete cerca de 1% da de
crianças e adultos, as manifestações variam de acordo com a faixa etária. Nas
crianças pequenas: diarréia, vômito,
irritabilidade, distensão abdominal e problemas de desenvolvimento. Nos
adultos, a apresentação clássica é de crises de diarreia acompanhadas de dor e
desconforto abdominal. Ao lado dessas manifestações, outras mais silenciosas: anemia, emagrecimento, dermatites,
redução dos níveis de cálcio, alterações hepáticas, sintomas neurológicos e
prisão de ventre.
É a principal proteína
presente no Trigo, Aveia, Centeio, Cevada, e no Malte (sub-produto da cevada).
A ingestão de alimentos com este tipo de proteína pelos celíacos se torna
tóxica e provoca lesão no intestino delgado, impedindo a adequada absorção dos
alimentos e causando uma atrofia da mucosa intestinal, a qual pode levar cerca
de 2 anos, desde o termino do consumo de alimentos que contenham o glúten, para
se reestabelecer.
Um de seus
componentes, a gliadina, contém a maior parte dos componentes nocivos. As moléculas
não digeridas de gliadina, ao entrarem em contato com as camadas mais internas
da mucosa intestinal, disparam uma reação imunológica no intestino delgado,
causadora do processo inflamatório crônico responsável pelos sintomas. A
moléstia não se desenvolve em quem não seja portador do gene HLA-DQ2 ou
HLA-DQ8, condição necessária, mas não suficiente, para sua instalação.
Já a intolerância à
lactose acontece como consequência de um outro
problema: a deficiência de lactase. Ela ocorre quando o intestino delgado deixa
de produzir a quantidade necessária de da enzima lactase, cuja função é quebrar
as moléculas de lactose e convertê-las em glicose e galactose.
As
causas para a intolerância à lactose variam de acordo com o seu tipo:
Intolerância à lactose primária
Durante
a infância, o corpo produz muita enzima lactase, pois o leite é a fonte
primária de nutrição após o nascimento. Na maioria dos mamíferos a atividade da
enzima lactase diminui na parede intestinal após o desmame, caracterizando a
hipolactasia primária que provoca sintomas de intolerância à lactose.
Intolerância à lactose secundária
Este
tipo de intolerância ocorre quando o intestino delgado deixa de produzir a
quantidade normal de lactase por causa de alguma doença, cirurgia ou injúria.
Algumas condições que podem levar a um quadro de intolerância à lactose
secundária são a doença celíaca citada acima e
a doença de crohn, por exemplo.
Intolerância à lactose congênita
É
possível que bebês nasçam com intolerância à lactose por causa da deficiência
total de lactase no organismo. Essa é conhecida como herança autossômica
recessiva e é passada de geração em geração.
Seus
principais sintomas são: diarreia, vomito, dores e distensão abdominal, gases
em excesso, entre outros.
Bárbara
Alice do N. Tiburcio
http://www.cesumar.br/prppge/pesquisa/mostras/quin_mostra/cristiane_rickli_barbosa_1.pdf
http://drauziovarella.com.br/crianca-2/a-doenca-do-gluten/
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v56n2/a25v56n2.pdf
http://www.minhavida.com.br/saude/temas/intolerancia-a-lactose