terça-feira, 10 de maio de 2016

DRGE : Doença de refluxo gastroesofágico.

Trata-se de um dos problemas mais comuns relacionados ao aparelho digestivo. Estima-se que cerca de 45% da população ocidental relate a ocorrência de um episódio de refluxo por mês e que 5 a 10% destes indivíduos façam referência diária ao sintoma.

O QUE É : 


http://www.progastrojoinville.com.br/enciclopedia/doenca_do_refluxo_gastroesofagico

      A doença do refluxo gastroesofágico ou DRGE ocorre quando o esfíncter inferior do esôfago (EIE) não se fecha apropriadamente e o conteúdo do estômago extravasa de volta para o esôfago. O EIE é um anel de músculo na parte inferior do esôfago que age como uma válvula entre o esôfago e o estômago. O esôfago transporta o alimento da boca para o estômago.

Quando o ácido refluído do estômago toca a parede do esôfago, ele causa uma sensação de queimação no tórax ou garganta denominada pirose (azia). O gosto do líquido pode até ser sentido na parte de trás da boca e é chamado de indigestão ácida. A azia que ocorre mais que duas vezes numa semana pode ser considerada DRGE e ela pode, eventualmente, conduzir a problemas mais sérios de saúde. 

Qualquer um, incluindo bebês, crianças e mulheres grávidas, podem ter DRGE. 


Causas e fatores de risco da DRGE :

     A causa da DRGE é multifatorial e depende da barreira antirrefluxo (esfíncter esofagiano inferior e diafragma crural), da depuração esofagiana (ação da gravidade, peristalse e salivação), da resistência da mucosa esofágica e/ou do esvaziamento e pressão intragástricos (BICCAS et al., 2009).
      O esfíncter esofagiano inferior (EEI) é composto de músculo liso e está sob controle não colinérgico e não adrenérgico. Ele é mantido em estado de contração constante, principalmente devido à atividade miogênica extrínseca, mas seu tônus de repouso é afetado por vários fatores neurais e hormonais. O tônus do esfíncter aumenta em resposta às pressões intra-abdominais aumentadas e durante as contrações gástricas (ANDREOLLO; COELHO-NETO; LOPES, 2010).

       
        Em suma, vários fatores contribuem para tornar o refluxo patológico: número excessivo de episódios de refluxo, depuração esofágica prolongada ou deficiente, menor resistência da mucosa ao conteúdo refluído, ou pela intera- ção do refluxo ácido com co-fatores dietéticos, comportamentais e emocionais (RAPÔSO et al., 2010)

Sintomas
  • Azia
  • Dor no peito
  • Dificuldade para engolir
  • Tosse seca
  • Rouquidão
  • Dor de garganta
  • Regurgitação e refluxo de suco gástrico
  • Inchaço na garganta
  • Náusea após refeições.

A DRGE é grande problema de saúde pública e afeta 12% da população brasileira. O anamnese é fundamental para o diagnóstico da DRGE, com atenção especial aos sintomas típicos e atípicos (duração, intensidade, freqüência, fatores desencadeadores e relevantes, evolução e impacto na qualidade de vida). A endoscopia digestiva alta e a pHmetria esofagiana são os métodos mais sensíveis de diagnóstico. O tratamento clínico é a norma no controle dos sintomas; entretanto, o grande problema é manter os pacientes assintomáticos. O tratamento cirúrgico é indicado para os pacientes que requerem uso contínuo de fármacos, que são intolerantes aos fármacos e que apresentam as formas complexas da DRGE.


Referências :
Gastroesophageal Reflux Disease: a review of literature Pedro Lopes Fraga1 Fábio dos Santos Cosso Martins2

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DOENÇA DO REFLUXO GASTROESOFÁGICO Diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease Maria Aparecida Coelho de Arruda HENRY



Ingrid Andrade de Meneses.

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