Trata-se de um
dos problemas mais comuns relacionados ao aparelho digestivo. Estima-se que
cerca de 45% da população ocidental relate a ocorrência de um episódio de
refluxo por mês e que 5 a 10% destes indivíduos façam referência diária ao
sintoma.
O
QUE É :
http://www.progastrojoinville.com.br/enciclopedia/doenca_do_refluxo_gastroesofagico
A doença do refluxo gastroesofágico ou DRGE ocorre
quando o esfíncter inferior do esôfago (EIE) não se fecha apropriadamente e o
conteúdo do estômago extravasa de volta para o esôfago. O EIE é um anel de
músculo na parte inferior do esôfago que age como uma válvula entre o esôfago e
o estômago. O esôfago transporta o alimento da boca para o estômago.
Quando o ácido refluído do estômago toca a parede do esôfago,
ele causa uma sensação de queimação no tórax ou garganta denominada pirose
(azia). O gosto do líquido pode até ser sentido na parte de trás da boca e é
chamado de indigestão ácida. A azia que ocorre mais que duas vezes numa semana
pode ser considerada DRGE e ela pode, eventualmente, conduzir a problemas mais
sérios de saúde.
Qualquer um, incluindo bebês, crianças e mulheres
grávidas, podem ter DRGE.
Causas e fatores de
risco da DRGE :
A causa da DRGE é multifatorial e depende
da barreira antirrefluxo (esfíncter esofagiano inferior e diafragma crural), da
depuração esofagiana (ação da gravidade, peristalse e salivação), da
resistência da mucosa esofágica e/ou do esvaziamento e pressão intragástricos
(BICCAS et al., 2009).
O esfíncter esofagiano inferior (EEI) é
composto de músculo liso e está sob controle não colinérgico e não adrenérgico.
Ele é mantido em estado de contração constante, principalmente devido à
atividade miogênica extrínseca, mas seu tônus de repouso é afetado por vários
fatores neurais e hormonais. O tônus do esfíncter aumenta em resposta às
pressões intra-abdominais aumentadas e durante as contrações gástricas
(ANDREOLLO; COELHO-NETO; LOPES, 2010).
Em suma, vários fatores contribuem para tornar o refluxo
patológico: número excessivo de episódios de refluxo, depuração esofágica
prolongada ou deficiente, menor resistência da mucosa ao conteúdo refluído, ou
pela intera- ção do refluxo ácido com co-fatores dietéticos, comportamentais e
emocionais (RAPÔSO et al., 2010)
Sintomas
- Azia
- Dor no
peito
- Dificuldade
para engolir
- Tosse seca
- Rouquidão
- Dor de
garganta
- Regurgitação
e refluxo de suco gástrico
- Inchaço
na garganta
- Náusea após refeições.
A
DRGE é grande problema de saúde pública e afeta 12% da população brasileira. O
anamnese é fundamental para o diagnóstico da DRGE, com atenção especial aos
sintomas típicos e atípicos (duração, intensidade, freqüência, fatores
desencadeadores e relevantes, evolução e impacto na qualidade de vida). A endoscopia
digestiva alta e a pHmetria esofagiana são os métodos mais sensíveis de
diagnóstico. O tratamento clínico é a norma no controle dos sintomas;
entretanto, o grande problema é manter os pacientes assintomáticos. O
tratamento cirúrgico é indicado para os pacientes que requerem uso contínuo de
fármacos, que são intolerantes aos fármacos e que apresentam as formas
complexas da DRGE.
Referências :
Gastroesophageal
Reflux Disease: a review of literature Pedro Lopes Fraga1 Fábio dos Santos
Cosso Martins2
DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA DOENÇA DO REFLUXO
GASTROESOFÁGICO Diagnosis and management of gastroesophageal reflux disease Maria
Aparecida Coelho de Arruda HENRY
Ingrid
Andrade de Meneses.
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