quinta-feira, 31 de março de 2016

Obstrução Coronária - Stent... O que é e como funciona?

As artérias coronárias possuem importância ímpar. Elas são os principais vasos arteriais que irrigam o coração com oxigênio e nutrientes, dos quais ele tanto precisa, por conta do seu alto e importantíssimo funcionamento. 

Quando uma dessas artérias é obstruída por uma placa de ateroma ou coágulo, a parte do músculo que depende dela pode sofrer isquemia, se a obstrução for parcial, ou necrose, se a circulação sanguínea for completamente interrompida.

Esses episódios provocam sintomas. Quando o fluxo sanguíneo é insuficiente para atender à necessidade do músculo submetido à solicitação mais intensa, em geral, a pessoa sente uma dor no peito conhecida como angina. Já no infarto do miocárdio, que é quando houve uma piora da angina e da obstrução, há sofrimento rápido e extenso na musculatura cardíaca e a dor em aperto no peito pode irradiar-se para o queixo, braço esquerdo ou para os dois braços. Casos como esse são freqüentes em nossos hospitais, já que hoje em dia, o estilo de vida da população (má alimentação/ falta de exercício físico/ estresse mental e corporal/ e tantos outros...) colabora para a formação de placas de gordura na parede das coronárias, impedindo assim o fluxo sanguíneo.




Em resposta a esse problema, foi criado uma terapia (dentre outras)  cirúrgica muito eficaz: a implantação do STENT. Stent é uma estrutura metálica introduzida fechada na artéria (através de uma angioplastia) e expandida no local onde está a placa de aterosclerose que provoca o entupimento. Ao ser comprimido, o conteúdo fibrótico da placa é esmagado contra as paredes da artéria e o Stent ali colocado garante a passagem do sangue.





Esse procedimento é realizado por cateterismo intervencionista, ou seja, utilizando um cateter com visor na extremidade que ajuda a localizar o ponto exato em que está a obstrução. Para alguns pacientes, poderá ser necessário colocar mais de um Stent na artéria coronariana, dependendo do comprimento do bloqueio.



Os primeiros tipos de Stents promoveram um grau bastante alto de recidivas. Já os de segunda geração (Stents de eluição de fármacos) são impregnados com substâncias que melhoram as condições locais para evitar a volta das lesões, pois diminuem o crescimento de tecido em volta deles. Entre elas destacam-se os quimioterápicos usados no tratamento do câncer para diminuir a proliferação tecidual e as drogas imunossupressoras indicadas para suprimir a rejeição dos órgãos nos transplantes.
Depois do procedimento o paciente recebe uma associação de drogas que atuam nas plaquetas (componentes do sangue importantes na coagulação). A aspirina, por exemplo, é um excelente inibidor da agregação das plaquetas e da trombose.  O paciente passa a tomar aspirina e outros medicamentos associados a ela durante toda a sua vida, a fim de manter a integridade do Stent e do seu arredor.



http://physicsuneekacademy.blogspot.com.br/2015/08/angioplasty-what-are-stants.html
http://www.sciencepicture.co/images/SPC0828/Arterial-Stent.html




Publicado por Mateus Nogueira Silva.

quarta-feira, 30 de março de 2016


                                    Beabá do coração 

O coração funciona graças a um grupo de células especiais com habilidade de gerar atividade elétrica por conta própria. Estas células separam partículas carregadas. Depois disso, elas espontaneamente deixam vazar estas partículas carregadas para dentro das células. Isto produz impulsos elétricos nas células marca-passo espalhadas pelo coração, fazendo-o contrair. Estas células fazem isso mais de uma vez por segundo para produzir um ritmo cardíaco normal de 72 batimentos por minuto.

diagrama do marca-passo natural do coração

Apesar das células marca-passo criarem o impulso elétrico que faz o coração bater, outros nervos podem mudar a velocidade de disparo dessas células e a força de contração do coração. Esses nervos são parte do sistema nervoso autônomo. O sistema nervoso autônomo tem duas partes; o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático. Os nervos simpáticos aumentam a velocidade do coração e sua força de contração. Os nervos parassimpáticos fazem o oposto.




O estímulo elétrico começa numa estrutura localizada no átrio direito, chamada de nó (nodo) sino-atrial, é a região que gera o potencial de ação (impulso nervoso), é o marca-passo. De lá, através dos feixes internodais, se espalha pelo átrio direito, e através do feixe interatrial, para o átrio esquerdo, espalhando assim o impulso nervoso por todos os átrios (o que causa a onda P do eletrocardiograma), causando assim a contração dos átrios.

Daí o impulso chega ao nó (nodo) átrio-ventricular e passa para o feixe átrio-ventricular onde o impulso nervoso sofre retardo (atraso) até chegar no feixe de HIS (esse retardo é justamente para fazer os átrios se contraírem antes dos ventrículos). Esse tempo (que o impulso leva pra passar dos átrios para os ventrículos) é o intervalo QT do eletrocardiograma.

Do feixe de HIS, o impulso se encaminha para os ventriculos direito e esquerdo, e através das fibras de purkinge, se espalha por todos os ventrículos (Gerando o complexo QRS do eletrocardiograma - Também nesse período ocorre a repolarização dos átrios, mas esta é mascarada pela eletricidade da despolarização dos ventrículos, que é maior), causando a contração dos ventrículos (processo conhecido como sístole venticular), abertura das válvulas semilunares (aórtica - ventrículo esquerdo e pulmonar - ventrículo direito) e ejeção de sangue para as árterias.

Após isso, os ventrículos começam a repolarizar (gerando a onda T do eletrocardiograma) e consequentemente relaxar (processo conhecido como diástole), para poder se encher novamente de sangue.


Vejamos agora, de um modo animado, como o coração se comporta quando não esta funcionando devidamente:






GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed.


https://www.youtube.com/watch?v=PdK841Vnvoc


https://www.youtube.com/watch?v=rxsT8A8Yr8s



                                                    Licia de Lima Lopes

terça-feira, 29 de março de 2016

Entre um DEA e um laxante : Falta de ar e fisgadas no coração podem ser apenas gases.

    

http://cidadeverde.com/noticias/199498/fique-tranquilo-falta-de-ar-e-fisgadas-no-coracao-podem-ser-gases
    É comum confundir dores provenientes de gases com dor no coração, ainda mais quando ocorrem no lado superior esquerdo do peito. É nessa hora que a pessoa sente a pontada no peito já esperando o pior e compartilha a informação na esperança de reverter o quadro e é surpreendida com o diagnóstico : é gases.
    Na primeira vez que você ouviu esse diagnóstico, pela sua mente deve ter passado ‘’ O que que tem a ver ?’’ uma vez que é difícil entender como uma dor tão pontual é provocada por uma causa ‘’inesperada’’. É válido lembrar que os gases intestinais são considerados comuns, e que a contagem científica indica que uma pessoa terá flatulência pelo menos 12 vezes ao dia, independente da intensidade. Nesse sentido o problema decorre disso: se a situação, ou o próprio físico, não permitir a liberação do gás, começa-se a sentir dores agudas, no peito e/ou no abdômen decorrente do acúmulo desses gases. Por essa razão a confusão leiga para distinguir um sintoma de inicio de um infarto com o de gases. 
    

Por essa razão algumas dicas relevantes :


 Existem sintomas muito marcados que são os que nos afastam da possibilidade de gases, nestes casos deve contatar o quanto antes um especialista que o atenda e auxilie. Dificuldade em respirar, dor no braço esquerdo e toda esta parte do peito, transpiração, dor na mandíbula, estes costumam ser os sintomas mais comuns que nos permitem detectar um infarto.
    Uma boa medida para saber se o que temos são gases é lembrarmo-nos dos alimentos que ingerimos anteriormente, e verificar se comemos algum que possa provocar gases. Existem alimentos que dependendo de cada pessoa, podem fazer mal e provocar inchaço e gases. Inspecione-se, conheça aquilo que lhe cai mal e lhe provoca gases. 

  • Como identificar um infarto :


http://coracaoevida.com.br/cardiologia/infarto-miocardio-um-mal-que-atinge-ate-criancas-e-adolescentes/

      O infarto do miocárdio tem sintomas visíveis, por isso, as pessoas precisam estar atentas quando o corpo “falar”. A primeira pista de que a pessoa pode estar sofrendo um infarto é o grande desconforto causado por uma dor intensa sentida no centro do peito. Outros indícios são:
  •          Dor para a mandíbula, pescoço, ombros e braços, principalmente o esquerdo;
  •          Sensação de desmaio;
  •          Suor excessivo;
  •          Náusea e vômitos;
  •          Falta de ar.

·         O exame eletrocardiográfico do paciente na fase aguda do infarto pode ser normal, porém em bom número de casos apresenta algumas característica como a corrente de lesão (supradesnivelamento do segmento ST) que permite confirmar a suspeita clínica do diagnóstico. No exemplo ilustrado acima vemos uma corrente de lesão nas DII, DIII e aVF, região da parede inferior ou diafragmática do coração. Este achado eletrocardiográfico é compatível com fase aguda do infarto do miocárdio.

http://pt.slideshare.net/HIURYGOMES/interpretao-de-ecg-11166517
·         A artéria que irriga esta região é a coronária direita, que também dá ramo para o nó atrioventricular. Este fato é muito importante pois, assim, existe a possibilidade de isquemia do nó atrioventricular e ocorrer um bloqueio de condução elétrica do coração, o chamado bloqueio AV total (atrioventricular total), que é uma complicação grave neste já gravíssimo quadro de infarto do miocárdio.
·         Alguns casos de miocardite ou pericardite podem apresentar alterações do segmento ST no eletrocardiograma, confundindo com infarto do miocárdio
      
     Uma vez entendidas as diferenças entre gases e um possível infarte, examine a sua envolvência e o seu estilo de vida para saber de que possível dor se trata. Tenha em conta se tem antecedentes com algum problema grave, se tem um estilo de vida saudável, se a sua alimentação é correta e se na sua família existe algum caso de infarto.

·         Referência:
        Soc. Bras. Cardiol. – III Diretriz sobre o Tratamento do Infarto Agudo do Miocárdio 2004 Arq Bras Cardiol vol 83 supl IV set2004 [on line]
http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/3577-falta-de-ar-e-fisgadas-no-coracao-podem-ser-apenas-gases
http://saude.umcomo.com.br/articulo/como-distinguir-os-gases-da-dor-de-peito-1304.html
http://coracaoalerta.com.br/infarto-2/como-identificar-o-infarto/
http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/3577-falta-de-ar-e-fisgadas-no-coracao-podem-ser-apenas-gases

Ingrid Andrade de Meneses


segunda-feira, 28 de março de 2016

Barorreceptores na Regulação da Pressão Arterial

Pressão Arterial (PA)

    A PA nada mais é do que a pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias. Ela é representada pelo valor da pressão sistólica sobre o valor a pressão diastólica dados em mmHg.


Sistema de controle barorreceptor

     Os barorreceptores arteriais são localizados principalmente nas paredes do arco aórtico (barrorreceptores aórticos) e dos seios carotídeos (barorreceptores carotídeos) podendo ser encontrados em praticamente todas as grandes artérias. Esse sistema de controle tem como principal função a manutenção da pressão arterial por curta duração (de 5 a 40 segundos), isso é possível graças às terminações nervosas livres e densamente ramificadas que são ativadas por deformações mecânicas, decorrente da distensão da parede vascular determinada pela onda de pulso. Exerce uma importante regulação reflexa da frequência cardíaca, débito cardíaco, contratilidade miocárdica, resistência vascular periférica e, consequentemente, distribuição regional do fluxo sanguíneo.

     A elevação da pressão arterial comprime as terminações neurais aumentando a atividade dos barorreceptores, inibindo a atividade tônica simpática para os vasos. Isso causa bradicardia, uma redução da resistência periférica total e do débito cardíaco, contribuindo, assim, para o retorno da PA aos níveis normais. A pressão reduzida inibe a ação barorreceptora, provocando um reflexo imediato, que resulta em forte descarga simpática por todo corpo, minimizando, assim, a diminuição da PA na porção superior do corpo.


Hipertensão Arterial

    Estudos revelaram que a desnervação dos nervos-tampões, como são chamados os nervos do sistema de controle barorreceptor, acarretam uma desregulação da PA. Uma das principais consequências do mau funcionamento desse sistema é a hipertensão arterial que é o aumento da pressão exercida pelo sangue nas paredes das artérias, ou seja, quando o valor da PA no adulto ultrapassa os 140/90 mmHg. Esse aumento pode acarretar sérios problemas de saúde, como é o caso do AVC e do Infarto agudo do miocárdio. Segundo a Sociedade Brasileira de Hipertensão atualmente o Brasil possui 17 milhões de pessoas que sofrem com a hipertensão arterial.


Publicado por Ricardo Baracho

Referências
Reflexo dos barorreceptores e homeostase da pressão arterial
 http://seer.ufrgs.br/index.php/hcpa/article/viewFile/36848/27709

Descobrindo a importância dos barorreceptores
http://departamentos.cardiol.br/dha/revista/7-2/004.pdf



sábado, 12 de março de 2016

VEM MONSTRO!


Efeitos do uso não clínico da testosterona.



    Vivemos em uma sociedade, na qual a aparência física é muito valorizada. Sociedade em que o corpo passou a ser um objeto e se tornou em algo modelável por de cirurgias pode-se reduzir a barriga, esticar a pele, levantar o nariz, aumentar os seios e as nádegas, e nesta corrente está o uso de esteroides anabolizantes, os quais proporcionam um aumento da massa muscular de forma rápida.

    A busca pelo corpo ideal está evidente na sociedade atual, a qual faz do corpo um objeto de possível modelagem. Diversas são as formas de se modelar, reparar, aumentar ou diminuir proporções, modificando-se a estética natural. Dentre os meios de se modelar está o uso de esteróides anabolizantes, que podem ser considerados uma via de "efeito rápido”.

    Os esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos derivados da testosterona e são conhecidos como “bomba” no meio de freqüentadores de academias e fisiculturistas. A testosterona é o hormônio responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias associados à masculinidade. Os esteroides anabolizantes apresentam formas farmacêuticas de comprimidos e injetáveis.

   Os usuários de esteroide anabolizante buscam pelos seus efeitos anabólicos, isto é, o efeito que aumenta a massa muscular e proporciona força física. Porem o uso não clínico de esteroide anabolizante, pode acarretar alterações fisiológicas reversíveis e irreversíveis e alterações psíquicas e comportamentais

    A testosterona é um hormônio importantíssimo na regulação de várias funções corporais, sobretudo no corpo masculino. Uma das funções mais reconhecidas da testosterona é promover o crescimento de massa muscular, de modo que muitos praticantes de musculação fazem uso de formas sintéticas do hormônio para intensificar seus ganhos. Essa prática, porém, é extremamente perigosa. Níveis demasiadamente elevados de testosterona podem causar efeitos colaterais severos, além de aumentar o risco de uma série de doenças. Além disso, o desequilíbrio hormonal pode causar irregularidades no sistema endócrino, provocando a atrofia de glândulas – sobretudo dos testículos.

    A testosterona é uma velha conhecida, nos ginásios principalmente.
Milhares de usuários, a maior parte das vezes sem um controle médico, decidem utilizar este hormônio ou seus derivados pelas propriedades anabólicas da mesma dando por certo que serão múltiplos os benefícios que obterão e mínimos os riscos que sofrerão.

O seu uso abusivo provoca distúrbios comportamentais, endócrinos, cardiovasculares, hepáticos e musculoesqueléticos.

* Comportamentais

São frequentes as queixas de agressividade exacerbada, irritabilidade, agitação motora e aumento ou diminuição da libido. Síndromes psiquiátricas como transtorno bipolar (anteriormente conhecida com o nome de psicose maníaco-depressiva), síndrome do pânico e quadros depressivos podem surgir na vigência do uso de doses elevadas.


* Endócrinos

É comum aparecerem lesões dermatológicas típicas de acne – principalmente na face -, atrofia dos testículos, calvície, impotência sexual, diminuição do número e da motilidade dos espermatozóides, redução do volume de esperma ejaculado, ginecomastia (crescimento das mamas em homens), masculinização das mulheres e alterações na tolerância à glicose que podem desencadear quadros de diabetes em indivíduos predipostos.

* Cardiovasculares

Retenção de líquido que favorece o aparecimento de edemas. Aumento da pressão arterial. Alteração no metabolismo dos lípides que podem levar a aumento do risco de doenças cardiovasculares: aumento do colesterol total, diminuição de HDL (“bom colesterol”), aumento de LDL (“mau colesterol”) e aumento de triglicérides.


* Hepáticos

Elevação das enzimas do fígado (transaminases, fosfatase alcalina, gama GT, etc.), quadros de icterícia e, mais raramente, câncer do fígado.

* Musculoesqueléticos

Lesões osteomusculares por solicitação exagerada (“overuse”). Fechamento precoce das epífises, com consequente interrupção do crescimento dos ossos. Não existe tratamento específico para o uso abusivo de anabolizantes.
Como essas drogas são geralmente comercializadas por vias ilegais e administradas em dosagens e concentrações variáveis por pessoas leigas, não há estudos clínicos para nos ajudar a definir esquemas seguros de administração, se é que eles existem.



    No corpo feminino a lista de reações adversas provocadas pelo uso sem indicação da testosterona são muitas. "Entre elas está o aparecimento de acne, o crescimento do clitóris, a queda de cabelo, a retenção hídrica, que provoca inchaço, e as alterações no comportamento, o que costuma deixar a pessoa mais agressiva", conta o endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas de São Paulo. "O pomo de adão, conhecido como gogó, também cresce, e há realmente o aumento de pelos e o engrossamento da voz", descreve o médico baiano Jomar Souza, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

   Já que os níveis de testosterona são normalmente baixos no corpo feminino, os níveis altos provocados pela suplementação provocam facilmente efeitos indesejáveis.

   Os efeitos mais comuns e popularmente conhecidos são relacionados ao desenvolvimento de características corporais tipicamente masculinas: o crescimento de pelos na distribuição tipicamente masculina, a alteração na voz (que se torna mais rouca e sobretudo mais grave), entre outros detalhes corporais que são potencialmente indesejáveis do ponto de vista estético.

    As características típicas do corpo feminino também são afetadas: se nos homens ocorre o desenvolvimento das mamas, nas mulheres a sobrecarga de testosterona provoca a sua atrofia. Além disso, observa-se um desenvolvimento exagerado do clitóris.
      O corpo feminino, porém, é muito atacado no que diz respeito ao sistema endócrino em geral. O ciclo menstrual, importantíssimo e totalmente regulado por hormônios, torna-se absolutamente 
desregulado e muitas vezes simplesmente deixa de existir. As funções reprodutoras e sexuais do corpo feminino são, portanto, seriamente ameaçadas.



      Candice Armstrong, uma garçonete inglesa de 28 anos, queria ter o corpo mais bem definido, mas acabou fazendo uso de esteroides, o que, como consequência, deu a ela uma aparência supermasculina. A moça, que já teve traços mais delicados, hoje é dona de um corpo extremamente forte e com excesso de espinhas e pelos em diversas regiões, incluindo o rosto.
     Além disso, o clitóris de Candice inchou tanto que ele é quase um pequeno pênis atualmente.                                                        


Referencias
http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/abuso-de-anabolizantes/
http://www.teucorpo.com.br/riscos-no-uso-dos-anabolizantes-a-testosterona/
http://www.mundoboaforma.com.br/testosterona-efeitos-colaterais-uso-para-ganho-de-massa-muscular/
http://mdemulher.abril.com.br/saude/elle/testosterona-em-mulheres-entenda-os-riscos

Licia Lopes

sexta-feira, 11 de março de 2016

Estrogênio ou testosterona? Make your choice.

Estrogênio ou testosterona? Make your choice.

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http://portalpindai.com.br/portal/mudar-de-sexo-e-a-terapia-hormonal/

    Primeiro é importante entender que, independente do gênero, todas as pessoas produzem os hormônios estrogênio e testosterona, componentes fundamentais do corpo humano. Essas moléculas são as responsáveis por deixar uma pessoa com traços masculinos ou femininos . A diferença é que homens têm uma quantidade maior de testosterona, enquanto mulheres têm uma quantidade maior de estrógeno. Essa diferença básica , porém, não impede a pessoas que sofrem com a incongruência ente identidade de gênero  e fenótipo físico conhecida como Transtorno de Identidade de Gênero, possam buscar ser o que se identifica. Caso contrário , como afirma Drauzio Varella viver esse estado é fonte de sofrimento crônico”.



Como isso pode acontecer?

      Ocorre através da terapia hormonal realizada em pessoas que consiste em reajustar os níveis desses dois hormônios, de modo que o paciente passe a adquirir as características físicas do gênero com o qual se identifica. 
     Em termos comparativos, é quase como se o paciente passasse por uma segunda puberdade, alterando o desenvolvimento sexual da pessoa até que, com a ajuda de cirurgias, ela alcance o seu objetivo. Esse tratamento hormonal deve ser realizado para o resto da vida.

  •       Nos transexuais homem-para-mulher, a administração de hormônios induz o crescimento das mamas e padrões mais femininos na distribuição de pelos e de gordura. Os estrogênios são os hormônios de escolha, geralmente associados à progesterona ou a outros hormônios que suprimem a produção de testosterona.
  •  Na transição mulher-para-homem, o objetivo é induzir virilização: padrão masculino do contorno muscular e da distribuição de pelos e gordura, além da interrupção das menstruações. O principal hormônio empregado é a testosterona, eventualmente associada à progesterona.
   Noticia retirada da UOL: Thammy Miranda revelou que está passando por um processo de mudança de sexo. Ela  está tomando injeções de hormônios masculinos e contou durante o programa "De Cara" da rádio carioca FM O Dia.
"Quando você começa a fazer o tratamento, começa a reduzir gordura, seu queixo muda, o maxilar, as costas ficam mais largas. A minha vontade não é fazer a mudança de sexo genital, não vou ter pênis. Vou tirar o útero, o ovário, mas a vagina continua. E vou andar sem camisa como os homens", disse ela, que também quer retirar as mamas

Foto de Thammy atual. 
http://www.purepeople.com.br/midia/thammy-miranda-mostra-o-resultado-da_m1158190

ATENÇÃO : esse procedimento deve ser realizado sob supervisão médica para garantir que as doses e o tratamento seja adequado.

 É válido lembrar que :

     A Portaria 2.803 de 19 de novembro de 2013, publicada no Diário Oficial da União, estabelece que os transexuais masculinos tenham as cirurgias de retirada das mamas, do útero e dos ovários cobertas pelo sistema público. Eles também passam a ter direito à terapia hormonal para adequação à aparência masculina.
Já as transexuais femininas – aquelas que nascem com corpo masculino, mas se identificam como mulheres – também terão um tratamento adicional coberto pelo SUS: a cirurgia de implante de silicone nas mamas. Desde 2008, elas também têm direito a terapia hormonal, cirurgia de redesignação sexual – com amputação do pênis e construção de neovagina – e cirurgia para redução do pomo de adão e adequação das cordas vocais para feminilização da voz.

  Os produtos hormonais que serão prescritos são muito parecidas com os hormônios naturais produzidos pelo corpo. A maioria das pessoas que tomam hormoniosnão enfrentam maiores problemas. No entanto, toda a medicação tem efeitos colaterais e algumas pessoas podem ter reação adversas sérias. Você precisa estar ciente dos possiveis riscos, embora remota, antes de iniciar o tratamento.

Os riscos mais graves quando os estrogénios tomar são:

- Trombose
-Trombose Venosa Profunda (TVP)
-Alteração da função hepática.

O risco mais grave quando se toma testosterona é:

- Policitemia(excesso de produção de células vermelhas de sangue).
O risco de desolver complicações decorrerntes a um tratamento hormonal é relativamente pequeno e é menos comum, se sua saúde geral é boa.
-Trombose em mulheres trans é mais provável ocorrer no primeiro ano de tratamento.
Há muito riscos de trombose com o estradiol, que é o produto mais prescrito para mulheres trans atualmente.

      A maneira como você deve tomar os hormônios também podem fazer uma diferença em como seu corpo reage. Aqueles que podem ter mais riscos, por exemplo são as pessoas com mais de 40 anos , pode ser aconselhada a ultilização depatches , (adesivos), para que o medicamento seja absorvido atravésda pele. Comparado com os comprimos gel ou injeções, os adesivos hormonais proporcionam uma liberação mais gradual de hormônios na corrente sanguinea , que o corpo é capaz de tolerar mais facilmente.

http://www.endocrino.org.br/

Ingrid Andrade de Meneses.



quinta-feira, 10 de março de 2016

Endorfina e exercício físico. Oi?

O termo endorfina se origina das palavras endo (interno) e morfina (analgésico), e trata-se de um neuro-hormônio endógeno (produzido pelo próprio corpo), da parte anterior da hipófise (adenohipófise).
Esse hormônio é secretado no momento em que o corpo precisa de algum tipo de “analgésico”, ou seja, precisa de algo que possa combater algum incomodo revertendo essa situação para uma sensação de euforia. São liberadas em resposta a praticamente qualquer tipo de estresse físico ou emocional. Comumente alivia a dor e a ansiedade. Um dos objetivos práticos é encorajar você a continuar o que esta fazendo (KHALSA, 2005).
Ela entra em contato com as suas células-alvo, provocando sensações positivas, como o bem estar. Por isso ele é considerado o hormônio da felicidade. Dentre tantos efeitos traz: Bem estar, aumento de disposição, melhora no sistema imunológico e alívio de dores, relaxamento muscular e em alguns casos até de prazer, além de superação da tristeza ou depressão.


Endorfina e Exercício físico.

Existem em torno de 22 tipos diferentes de endorfina, porém a mais famosa delas é a beta-endorfina, que é um composto de 31 aminoácidos em sequência e que é liberada, principalmente com a prática de exercícios físicos. Esta beta endorfina, além de trazer uma sensação de bem estar, também alivia as dores musculares.
  Depois que começam a correr, por exemplo, muitos atletas dizem que não conseguem mais parar. E ainda vão além, se dizem “viciados” pela atividade. Isso é natural, já que uma vez que o organismo se acostuma com as boas sensações geradas, isso gera uma espécie de dependência, ou seja, o corpo sente falta das substâncias liberadas pelo exercício, como a própria endorfina.
E então, entendeu porque você sai com aquele sentimento de satisfação depois de um treino puxado?



A endorfina é mesmo capaz de causar vício?

Atletas de alto desempenho tendem a ter depressão pela falta de endorfina. Principalmente quando encerram suas carreiras, pois estão acostumados a injeção de endorfina quase que diária e durante um longo tempo. Quando um atleta para de praticar a atividade física intensa, possui chance de 30% maior que os demais a desenvolver depressão.
Como a endorfina é um hormônio que provoca dependência, para praticantes de atividade física regular, com o tempo a necessidade de produção dessa substância aumenta drasticamente, o que pode levar a este atleta a ter longos períodos de mau humor quando esta atividade é suspensa. Em situações extremas, esta falta de endorfina pode causar reações de compulsivas, tendo como foco principal a busca por essa endorfina através da alimentação.
Como subterfúgio, esses ingerem alimentos gordurosos e chocolate indiscriminadamente, entrando em uma espiral que é totalmente prejudicial à saúde. Expicando assim porque é comum ver atletas que encerram a carreira e ganham peso extremamente rápido.
Além da prática de exercício físico ser um momento em que deixamos de lado a nossa rotina e estresse diário, a endorfina traz sensações de prazer e de libertação. O poder da endorfina é bem visível no momento em que um indivíduo atinge seu limite físico em certa atividade física tentando superá-la com a ajuda desta substância.

Como a intensidade do meu esforço afeta a liberação da endorfina?
A forma com que praticamos exercícios físicos também contribui para a quantidade de endorfina liberada, porém essa diferenciação é praticamente imperceptível. Em atividades de intensidade alta, o aumento da endorfina no sangue é em torno de 10 a 15% maior do que em atividades de baixa a média intensidade.


  
Referências:

http://www.efdeportes.com/efd179/beneficios-da-endorfina-atraves-da-atividade-fisica.htm

Publicado por Mateus Nogueira Silva.