quinta-feira, 31 de março de 2016

Obstrução Coronária - Stent... O que é e como funciona?

As artérias coronárias possuem importância ímpar. Elas são os principais vasos arteriais que irrigam o coração com oxigênio e nutrientes, dos quais ele tanto precisa, por conta do seu alto e importantíssimo funcionamento. 

Quando uma dessas artérias é obstruída por uma placa de ateroma ou coágulo, a parte do músculo que depende dela pode sofrer isquemia, se a obstrução for parcial, ou necrose, se a circulação sanguínea for completamente interrompida.

Esses episódios provocam sintomas. Quando o fluxo sanguíneo é insuficiente para atender à necessidade do músculo submetido à solicitação mais intensa, em geral, a pessoa sente uma dor no peito conhecida como angina. Já no infarto do miocárdio, que é quando houve uma piora da angina e da obstrução, há sofrimento rápido e extenso na musculatura cardíaca e a dor em aperto no peito pode irradiar-se para o queixo, braço esquerdo ou para os dois braços. Casos como esse são freqüentes em nossos hospitais, já que hoje em dia, o estilo de vida da população (má alimentação/ falta de exercício físico/ estresse mental e corporal/ e tantos outros...) colabora para a formação de placas de gordura na parede das coronárias, impedindo assim o fluxo sanguíneo.




Em resposta a esse problema, foi criado uma terapia (dentre outras)  cirúrgica muito eficaz: a implantação do STENT. Stent é uma estrutura metálica introduzida fechada na artéria (através de uma angioplastia) e expandida no local onde está a placa de aterosclerose que provoca o entupimento. Ao ser comprimido, o conteúdo fibrótico da placa é esmagado contra as paredes da artéria e o Stent ali colocado garante a passagem do sangue.





Esse procedimento é realizado por cateterismo intervencionista, ou seja, utilizando um cateter com visor na extremidade que ajuda a localizar o ponto exato em que está a obstrução. Para alguns pacientes, poderá ser necessário colocar mais de um Stent na artéria coronariana, dependendo do comprimento do bloqueio.



Os primeiros tipos de Stents promoveram um grau bastante alto de recidivas. Já os de segunda geração (Stents de eluição de fármacos) são impregnados com substâncias que melhoram as condições locais para evitar a volta das lesões, pois diminuem o crescimento de tecido em volta deles. Entre elas destacam-se os quimioterápicos usados no tratamento do câncer para diminuir a proliferação tecidual e as drogas imunossupressoras indicadas para suprimir a rejeição dos órgãos nos transplantes.
Depois do procedimento o paciente recebe uma associação de drogas que atuam nas plaquetas (componentes do sangue importantes na coagulação). A aspirina, por exemplo, é um excelente inibidor da agregação das plaquetas e da trombose.  O paciente passa a tomar aspirina e outros medicamentos associados a ela durante toda a sua vida, a fim de manter a integridade do Stent e do seu arredor.



http://physicsuneekacademy.blogspot.com.br/2015/08/angioplasty-what-are-stants.html
http://www.sciencepicture.co/images/SPC0828/Arterial-Stent.html




Publicado por Mateus Nogueira Silva.

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