sábado, 12 de março de 2016

VEM MONSTRO!


Efeitos do uso não clínico da testosterona.



    Vivemos em uma sociedade, na qual a aparência física é muito valorizada. Sociedade em que o corpo passou a ser um objeto e se tornou em algo modelável por de cirurgias pode-se reduzir a barriga, esticar a pele, levantar o nariz, aumentar os seios e as nádegas, e nesta corrente está o uso de esteroides anabolizantes, os quais proporcionam um aumento da massa muscular de forma rápida.

    A busca pelo corpo ideal está evidente na sociedade atual, a qual faz do corpo um objeto de possível modelagem. Diversas são as formas de se modelar, reparar, aumentar ou diminuir proporções, modificando-se a estética natural. Dentre os meios de se modelar está o uso de esteróides anabolizantes, que podem ser considerados uma via de "efeito rápido”.

    Os esteroides anabolizantes são hormônios sintéticos derivados da testosterona e são conhecidos como “bomba” no meio de freqüentadores de academias e fisiculturistas. A testosterona é o hormônio responsável pelo desenvolvimento das características sexuais secundárias associados à masculinidade. Os esteroides anabolizantes apresentam formas farmacêuticas de comprimidos e injetáveis.

   Os usuários de esteroide anabolizante buscam pelos seus efeitos anabólicos, isto é, o efeito que aumenta a massa muscular e proporciona força física. Porem o uso não clínico de esteroide anabolizante, pode acarretar alterações fisiológicas reversíveis e irreversíveis e alterações psíquicas e comportamentais

    A testosterona é um hormônio importantíssimo na regulação de várias funções corporais, sobretudo no corpo masculino. Uma das funções mais reconhecidas da testosterona é promover o crescimento de massa muscular, de modo que muitos praticantes de musculação fazem uso de formas sintéticas do hormônio para intensificar seus ganhos. Essa prática, porém, é extremamente perigosa. Níveis demasiadamente elevados de testosterona podem causar efeitos colaterais severos, além de aumentar o risco de uma série de doenças. Além disso, o desequilíbrio hormonal pode causar irregularidades no sistema endócrino, provocando a atrofia de glândulas – sobretudo dos testículos.

    A testosterona é uma velha conhecida, nos ginásios principalmente.
Milhares de usuários, a maior parte das vezes sem um controle médico, decidem utilizar este hormônio ou seus derivados pelas propriedades anabólicas da mesma dando por certo que serão múltiplos os benefícios que obterão e mínimos os riscos que sofrerão.

O seu uso abusivo provoca distúrbios comportamentais, endócrinos, cardiovasculares, hepáticos e musculoesqueléticos.

* Comportamentais

São frequentes as queixas de agressividade exacerbada, irritabilidade, agitação motora e aumento ou diminuição da libido. Síndromes psiquiátricas como transtorno bipolar (anteriormente conhecida com o nome de psicose maníaco-depressiva), síndrome do pânico e quadros depressivos podem surgir na vigência do uso de doses elevadas.


* Endócrinos

É comum aparecerem lesões dermatológicas típicas de acne – principalmente na face -, atrofia dos testículos, calvície, impotência sexual, diminuição do número e da motilidade dos espermatozóides, redução do volume de esperma ejaculado, ginecomastia (crescimento das mamas em homens), masculinização das mulheres e alterações na tolerância à glicose que podem desencadear quadros de diabetes em indivíduos predipostos.

* Cardiovasculares

Retenção de líquido que favorece o aparecimento de edemas. Aumento da pressão arterial. Alteração no metabolismo dos lípides que podem levar a aumento do risco de doenças cardiovasculares: aumento do colesterol total, diminuição de HDL (“bom colesterol”), aumento de LDL (“mau colesterol”) e aumento de triglicérides.


* Hepáticos

Elevação das enzimas do fígado (transaminases, fosfatase alcalina, gama GT, etc.), quadros de icterícia e, mais raramente, câncer do fígado.

* Musculoesqueléticos

Lesões osteomusculares por solicitação exagerada (“overuse”). Fechamento precoce das epífises, com consequente interrupção do crescimento dos ossos. Não existe tratamento específico para o uso abusivo de anabolizantes.
Como essas drogas são geralmente comercializadas por vias ilegais e administradas em dosagens e concentrações variáveis por pessoas leigas, não há estudos clínicos para nos ajudar a definir esquemas seguros de administração, se é que eles existem.



    No corpo feminino a lista de reações adversas provocadas pelo uso sem indicação da testosterona são muitas. "Entre elas está o aparecimento de acne, o crescimento do clitóris, a queda de cabelo, a retenção hídrica, que provoca inchaço, e as alterações no comportamento, o que costuma deixar a pessoa mais agressiva", conta o endocrinologista Marcio Mancini, do Hospital das Clínicas de São Paulo. "O pomo de adão, conhecido como gogó, também cresce, e há realmente o aumento de pelos e o engrossamento da voz", descreve o médico baiano Jomar Souza, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

   Já que os níveis de testosterona são normalmente baixos no corpo feminino, os níveis altos provocados pela suplementação provocam facilmente efeitos indesejáveis.

   Os efeitos mais comuns e popularmente conhecidos são relacionados ao desenvolvimento de características corporais tipicamente masculinas: o crescimento de pelos na distribuição tipicamente masculina, a alteração na voz (que se torna mais rouca e sobretudo mais grave), entre outros detalhes corporais que são potencialmente indesejáveis do ponto de vista estético.

    As características típicas do corpo feminino também são afetadas: se nos homens ocorre o desenvolvimento das mamas, nas mulheres a sobrecarga de testosterona provoca a sua atrofia. Além disso, observa-se um desenvolvimento exagerado do clitóris.
      O corpo feminino, porém, é muito atacado no que diz respeito ao sistema endócrino em geral. O ciclo menstrual, importantíssimo e totalmente regulado por hormônios, torna-se absolutamente 
desregulado e muitas vezes simplesmente deixa de existir. As funções reprodutoras e sexuais do corpo feminino são, portanto, seriamente ameaçadas.



      Candice Armstrong, uma garçonete inglesa de 28 anos, queria ter o corpo mais bem definido, mas acabou fazendo uso de esteroides, o que, como consequência, deu a ela uma aparência supermasculina. A moça, que já teve traços mais delicados, hoje é dona de um corpo extremamente forte e com excesso de espinhas e pelos em diversas regiões, incluindo o rosto.
     Além disso, o clitóris de Candice inchou tanto que ele é quase um pequeno pênis atualmente.                                                        


Referencias
http://drauziovarella.com.br/dependencia-quimica/abuso-de-anabolizantes/
http://www.teucorpo.com.br/riscos-no-uso-dos-anabolizantes-a-testosterona/
http://www.mundoboaforma.com.br/testosterona-efeitos-colaterais-uso-para-ganho-de-massa-muscular/
http://mdemulher.abril.com.br/saude/elle/testosterona-em-mulheres-entenda-os-riscos

Licia Lopes

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