Quem
hoje em dia, na correria, não quer ter um treino de alto rendimento em pouco
tempo? Pois é, para aproveitar esse tempinho e treinar com qualidade muitos
usam o suplemento de Creatina como forma de aumentar o rendimento... Você sabe
como a Creatina ingerida interfere
no nosso metabolismo e fisiologia muscular?
Para
entendermos, é necessário lembrar que na contração muscular é consumida uma quantidade muito grande de ATP, principalmente
quando se pratica atividade física de alta performance e curta duração. É ai
que o problema começa, já que apenas uma pequena
parte de ATP fica armazenada dentro da célula. Essa situação gera um
mecanismo sensível de manutenção e de regulação do metabolismo energético na
célula. Na medida em que se precisa gastar mais ATP para continuar a contração
muscular efetiva, é também necessária a rápida formação de mais ATP para suprir
os que já estão sendo usados.
Para
isso, como uma alternativa a mais, além da moeda energética de ATP, o músculo “pede
a ajuda” do fosfato de creatina armazenado
nas células. A creatina é um composto orgânico produzida no fígado e derivada de aminoácidos. Uma vez dentro das
células, é convertida em fosfocreatina
e utilizada como reserva de energia, principalmente nas células do músculo
esquelético. Quando grandes quantidades de ATP’s vão sendo transformados em ADP
e Pi, o Fosfato de Creatina fornece seu fosfato para o ADP, para suprir a necessidade imediata de energia,
formando mais ATP. Depois do exercício pesado, a célula terá tempo suficiente
para repor os fosfatos “perdidos”, colocando outros fosfatos na creatina e retomando a reserva.
A
fosfocreatina celular, juntamente com seu ATP, é conhecida como sistema energético do fosfagênio. Em conjunto, podem
proporcionar uma potência muscular máxima por um período de 8 a 10 segundos,
quase o suficiente para uma corrida de 100 metros. Assim, a energia proveniente
do sistema do fosfagênio é utilizada para os curtos surtos máximos de potência
muscular.
Portanto, o suplemento de creatina aumenta a
concentração desta na célula e consequentemente de fosfato de creatina
(explicando a melhora na performance). Este suplemento não pode ser consumido
por lactantes e gestantes por falta de estudos sobre seus efeitos neste
público. O suplemento de creatina também não é orientado para crianças e
adolescentes. Casey & Greenhaff referiram que a suplementação nas doses usuais
não causa alteração da função hepática ou renal. Os efeitos adversos do uso
prolongado são: ganho de peso, desconforto gastrointestinal e câimbras.
Então, se você pratica exercícios
físicos regularmente e quer ter um melhor rendimento, a Creatina pode ser uma
boa opção (Claro, acompanhado de uma dieta balanceada). Mas não se esqueça de
consultar a orientação profissional. Dessa forma, você tomará em quantidades e
intervalos de tempo adequados ao metabolismo do seu corpo!
Efeitos da Suplementação de creatina nas
fibras musculares:
N=19 homens treinados
Creatina ou placebo 25g/dia 1 sem. 5g/dia por 11 se;
Treinamento de resistência/força por 12 semanas;
Maior (CT) e ganho de força no grupo que ingeriu creatina.
Creatina
(%)
|
Placebo
(%)
|
|
Massa
corporal
|
6.3
|
3.6
|
Massa
magra
|
6.3
|
3.1
|
Fibra
Tipo I
|
35
|
11
|
Fibra
Tipo IIa
|
36
|
15
|
Fibra
Tipo IIb
|
29
|
8
|
Mesmo os indivíduos sedentários com uso agudo da suplementação de creatina
teriam um benefício limitado. Espera-se apenas
auxílio na execução de exercícios de repetição de alta intensidade e durante
esportes de competição com necessidades de esforços de arranque como futebol
,Atletismo, efeito este ainda restrito a um curto espaço de tempo,
pois trabalhos com um uso maior de 30 dias da suplementação demonstram que os
níveis de creatina e fosfocreatina retornam aos valores fisiológicos logo após
o descontinuamento da suplementação (Casey et al 1996).
Publicado
por Mateus Nogueira Silva.
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