quarta-feira, 2 de março de 2016

Quem hoje em dia, na correria, não quer ter um treino de alto rendimento em pouco tempo? Pois é, para aproveitar esse tempinho e treinar com qualidade muitos usam o suplemento de Creatina como forma de aumentar o rendimento... Você sabe como a Creatina ingerida interfere no nosso metabolismo e fisiologia muscular?




Para entendermos, é necessário lembrar que na contração muscular é consumida uma quantidade muito grande de ATP, principalmente quando se pratica atividade física de alta performance e curta duração. É ai que o problema começa, já que apenas uma pequena parte de ATP fica armazenada dentro da célula. Essa situação gera um mecanismo sensível de manutenção e de regulação do metabolismo energético na célula. Na medida em que se precisa gastar mais ATP para continuar a contração muscular efetiva, é também necessária a rápida formação de mais ATP para suprir os que já estão sendo usados.

Para isso, como uma alternativa a mais, além da moeda energética de ATP, o músculo “pede a ajuda” do fosfato de creatina armazenado nas células. A creatina é um composto orgânico produzida no fígado e derivada de aminoácidos. Uma vez dentro das células, é convertida em fosfocreatina e utilizada como reserva de energia, principalmente nas células do músculo esquelético. Quando grandes quantidades de ATP’s vão sendo transformados em ADP e Pi, o Fosfato de Creatina fornece seu fosfato para o ADP, para suprir a necessidade imediata de energia, formando mais ATP. Depois do exercício pesado, a célula terá tempo suficiente para repor os fosfatos “perdidos”, colocando outros fosfatos na creatina e retomando a reserva.



A fosfocreatina celular, juntamente com seu ATP, é conhecida como sistema energético do fosfagênio. Em conjunto, podem proporcionar uma potência muscular máxima por um período de 8 a 10 segundos, quase o suficiente para uma corrida de 100 metros. Assim, a energia proveniente do sistema do fosfagênio é utilizada para os curtos surtos máximos de potência muscular.



Portanto, o suplemento de creatina aumenta a concentração desta na célula e consequentemente de fosfato de creatina (explicando a melhora na performance). Este suplemento não pode ser consumido por lactantes e gestantes por falta de estudos sobre seus efeitos neste público. O suplemento de creatina também não é orientado para crianças e adolescentes. Casey & Greenhaff referiram que a suplementação nas doses usuais não causa alteração da função hepática ou renal. Os efeitos adversos do uso prolongado são: ganho de peso, desconforto gastrointestinal e câimbras.
Então, se você pratica exercícios físicos regularmente e quer ter um melhor rendimento, a Creatina pode ser uma boa opção (Claro, acompanhado de uma dieta balanceada). Mas não se esqueça de consultar a orientação profissional. Dessa forma, você tomará em quantidades e intervalos de tempo adequados ao metabolismo do seu corpo!

Efeitos da Suplementação de creatina  nas fibras musculares:
N=19 homens treinados
Creatina ou placebo 25g/dia 1 sem. 5g/dia por 11 se;
Treinamento de resistência/força por 12 semanas;
Maior (CT) e ganho de força no grupo  que ingeriu creatina.


Creatina
(%)
Placebo
(%)
Massa corporal
6.3
3.6
Massa magra
6.3
3.1
Fibra Tipo I
35
11
Fibra Tipo IIa
36
15
Fibra Tipo IIb
29
8


Mesmo os indivíduos sedentários com uso agudo da suplementação de creatina teriam um benefício limitado. Espera-se apenas auxílio na execução de exercícios de repetição de alta intensidade e durante esportes de competição com necessidades de esforços de arranque como futebol ,Atletismoefeito este ainda restrito a um curto espaço de tempo, pois trabalhos com um uso maior de 30 dias da suplementação demonstram que os níveis de creatina e fosfocreatina retornam aos valores fisiológicos logo após o descontinuamento da suplementação (Casey et al 1996).
Publicado por Mateus Nogueira Silva.

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