quarta-feira, 30 de março de 2016


                                    Beabá do coração 

O coração funciona graças a um grupo de células especiais com habilidade de gerar atividade elétrica por conta própria. Estas células separam partículas carregadas. Depois disso, elas espontaneamente deixam vazar estas partículas carregadas para dentro das células. Isto produz impulsos elétricos nas células marca-passo espalhadas pelo coração, fazendo-o contrair. Estas células fazem isso mais de uma vez por segundo para produzir um ritmo cardíaco normal de 72 batimentos por minuto.

diagrama do marca-passo natural do coração

Apesar das células marca-passo criarem o impulso elétrico que faz o coração bater, outros nervos podem mudar a velocidade de disparo dessas células e a força de contração do coração. Esses nervos são parte do sistema nervoso autônomo. O sistema nervoso autônomo tem duas partes; o sistema nervoso simpático e o sistema nervoso parassimpático. Os nervos simpáticos aumentam a velocidade do coração e sua força de contração. Os nervos parassimpáticos fazem o oposto.




O estímulo elétrico começa numa estrutura localizada no átrio direito, chamada de nó (nodo) sino-atrial, é a região que gera o potencial de ação (impulso nervoso), é o marca-passo. De lá, através dos feixes internodais, se espalha pelo átrio direito, e através do feixe interatrial, para o átrio esquerdo, espalhando assim o impulso nervoso por todos os átrios (o que causa a onda P do eletrocardiograma), causando assim a contração dos átrios.

Daí o impulso chega ao nó (nodo) átrio-ventricular e passa para o feixe átrio-ventricular onde o impulso nervoso sofre retardo (atraso) até chegar no feixe de HIS (esse retardo é justamente para fazer os átrios se contraírem antes dos ventrículos). Esse tempo (que o impulso leva pra passar dos átrios para os ventrículos) é o intervalo QT do eletrocardiograma.

Do feixe de HIS, o impulso se encaminha para os ventriculos direito e esquerdo, e através das fibras de purkinge, se espalha por todos os ventrículos (Gerando o complexo QRS do eletrocardiograma - Também nesse período ocorre a repolarização dos átrios, mas esta é mascarada pela eletricidade da despolarização dos ventrículos, que é maior), causando a contração dos ventrículos (processo conhecido como sístole venticular), abertura das válvulas semilunares (aórtica - ventrículo esquerdo e pulmonar - ventrículo direito) e ejeção de sangue para as árterias.

Após isso, os ventrículos começam a repolarizar (gerando a onda T do eletrocardiograma) e consequentemente relaxar (processo conhecido como diástole), para poder se encher novamente de sangue.


Vejamos agora, de um modo animado, como o coração se comporta quando não esta funcionando devidamente:






GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 11ª ed.


https://www.youtube.com/watch?v=PdK841Vnvoc


https://www.youtube.com/watch?v=rxsT8A8Yr8s



                                                    Licia de Lima Lopes

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