quinta-feira, 3 de março de 2016

Você sabe como funciona a tetatização ?

   Entender a tetanização requer o conhecimento de que os potenciais de ação nos músculos esqueléticos são quase uniformes e levam à liberação de pulso reprodutível de Ca++, a partir do retículo sarcoplasmático (RS). Um potencial de ação libera Ca++ suficiente para causar contração de abalo. Entretanto, a duração dessa contração é muito breve porque o Ca++ é muito rapidamente bombeado de volta para o RS. O abalo começa uns 2ms após o inicio da despolarização e sua duração varia com tipo de fibras musculares: se são de contração rápida ou lenta. Cada abalo apresenta uma resposta mecânica do tipo tudo-ou-nada; se um segundo estimulo for aplicado antes que o relaxamento do primeiro abalo tenha começado, haverá uma superposição das respostas mecânicas que se denomina somação, resultando numa tensão maior.
     Somação significa a soma de contrações individuais para aumentar a intensidade da contração total. A soma ocorre por dois meios: pelo aumento do número de unidades motoras que se contraem ao mesmo tempo, chamado de "somação por fibras múltiplas", e pelo aumento da frequência de contração, que é referido como somação por frequência e pode levar à tetanização.
    Com frequência de estímulos intermediária, a [Ca++] intracelular retorna ao nível basal logo antes do próximo estímulo. No entanto, ocorre aumento gradual da força. Esse fenômeno é chamado de tétano incompleto. O estiramento parcial dos componentes elásticos em série (como é esperado durante um abalo), seguido por nova estimulação do músculo antes do completo relaxamento,por outro lado, deve produzir nível intermediário de tensão, semelhante ao observado no tétano incompleto.
    http://pt.slideshare.net/MarceloCarneiro2/fisiologia-do-tecido-muscular
     A aplicação de estímulos cada vez mais frequentes produzirá contrações musculares sustentadas e uniformes, o tétano. O aumento da duração do Ca++ intracelular transitório, como ocorre no tétano, fornece ao músculo tempo suficiente para estirar os componentes elásticos em série, resultando, assim, na expressão da força contrátil plena das interações actina-miosina (tensão máxima). A força desenvolvida num tétano perfeito é de 4 vezes maior em relação a um abalo isolado. Durante a fase das somações registra-se o que se chama “fenômeno da escada”. Assim, uma maneira de aumentar a força de contração máxima de uma unidade motora é aumentando a frequência de estimulação das unidades musculares.

http://pt.slideshare.net/MarceloCarneiro2/fisiologia-do-tecido-muscular

   Uma das causas de tetanização mais comuns no nosso dia-a-dia é o choque elétrico. Ocorre a paralisação dos músculos causado pela intensa contração muscular devido ao choque elétrico, mesmo cessado o choque elétrico o músculo persiste paralisado por certo tempo.
    Se o choque for maior do que o limite de fibrilação ventricular, o tensionamento produz a tetanização do diafragma, e em consequência a parada respiratória. Se o coração continuar funcionando, a circulação será só de sangue venoso, o que deixa a vítima em estado de morte aparente. Neste caso, deve-se recorrer à respiração artificial.
  O choque elétrico com correntes elevadas também produz tetanização das fibras musculares do tecido cardíaco: é a parada cardíaca.
    Além desses danos, o choque elétrico também causa danos ao cérebro, rins e provocam queimaduras, sendo que ocorreram maiores danos quanto maior for o valor da corrente elétrica que passará pelo corpo da pessoa.
http://engenhariaexpress.blogspot.com.br/2009/01/choque-eltrico.html


Referências
Berne & Levy : Fisiologia / editores Bruce M. Koeppen, Bruce A. Stanton ; [tradução Adriana Pitella Sudré...[et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009.
Fisiologia Muscular. Curso de Fisiologia 2007 Ciclo de Neurofisiologia. Departamento de Fisiologia, IB Unesp-Botucatu Profa. Silvia M. Nishida
GUYTON, A.; HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.
<http://engenhariaexpress.blogspot.com.br/2009/01/choque-eltrico.html>. Acesso em 03 de março de 2016.
< http://www.del.ufms.br/Materiais.pdf>. Acesso em 03 de março de 2016.
<http://www.cursonr10.com/efeitos-do-choque-eletrico>. Acesso em 03 de março de 2016.
 Ingrid Andrade de Meneses.

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