Entender a tetanização requer o conhecimento de que os potenciais de ação
nos músculos esqueléticos são quase uniformes e levam à liberação de pulso
reprodutível de Ca++, a partir do retículo sarcoplasmático (RS). Um potencial
de ação libera Ca++ suficiente para causar contração de abalo. Entretanto, a duração
dessa contração é muito breve porque o Ca++ é muito rapidamente bombeado de
volta para o RS. O abalo começa uns 2ms após o inicio da despolarização e sua
duração varia com tipo de fibras musculares: se são de contração rápida ou
lenta. Cada abalo apresenta uma resposta mecânica do tipo tudo-ou-nada; se um
segundo estimulo for aplicado antes que
o relaxamento do primeiro abalo tenha começado, haverá uma superposição das
respostas mecânicas que se denomina somação,
resultando numa tensão maior.
Somação significa a
soma de contrações individuais para aumentar a intensidade da contração total.
A soma ocorre por dois meios: pelo aumento do número de unidades motoras que se
contraem ao mesmo tempo, chamado de "somação por fibras múltiplas", e
pelo aumento da frequência de contração, que é referido como somação por
frequência e pode levar à tetanização.
Com frequência de
estímulos intermediária, a [Ca++] intracelular retorna ao nível basal logo
antes do próximo estímulo. No entanto, ocorre aumento gradual da força. Esse
fenômeno é chamado de tétano incompleto. O estiramento parcial dos componentes
elásticos em série (como é esperado durante um abalo), seguido por nova
estimulação do músculo antes do completo relaxamento,por outro lado, deve
produzir nível intermediário de tensão, semelhante ao observado no tétano
incompleto.
http://pt.slideshare.net/MarceloCarneiro2/fisiologia-do-tecido-muscular
A aplicação de
estímulos cada vez mais frequentes produzirá contrações musculares sustentadas
e uniformes, o tétano. O aumento
da duração do Ca++ intracelular transitório, como ocorre no tétano, fornece ao
músculo tempo suficiente para estirar os componentes elásticos em série,
resultando, assim, na expressão da força contrátil plena das interações
actina-miosina (tensão máxima). A força desenvolvida num tétano perfeito é de 4
vezes maior em relação a um abalo isolado. Durante a fase das somações
registra-se o que se chama “fenômeno da escada”. Assim, uma maneira de aumentar
a força de contração máxima de uma unidade motora é aumentando a frequência de
estimulação das unidades musculares.
http://pt.slideshare.net/MarceloCarneiro2/fisiologia-do-tecido-muscular
Uma das causas de
tetanização mais comuns no nosso dia-a-dia é o choque elétrico. Ocorre a
paralisação dos músculos causado pela intensa contração muscular devido ao
choque elétrico, mesmo cessado o choque elétrico o músculo persiste paralisado
por certo tempo.
Se o choque for maior
do que o limite de fibrilação ventricular, o tensionamento produz a tetanização
do diafragma, e em consequência a parada respiratória. Se o coração continuar
funcionando, a circulação será só de sangue venoso, o que deixa a vítima em
estado de morte aparente. Neste caso, deve-se recorrer à respiração artificial.
O choque elétrico com
correntes elevadas também produz tetanização das fibras musculares do tecido
cardíaco: é a parada cardíaca.
Além desses danos, o
choque elétrico também causa danos ao cérebro, rins e provocam queimaduras,
sendo que ocorreram maiores danos quanto maior for o valor da corrente elétrica
que passará pelo corpo da pessoa.
http://engenhariaexpress.blogspot.com.br/2009/01/choque-eltrico.html
Referências
Berne & Levy : Fisiologia / editores
Bruce M. Koeppen, Bruce A. Stanton ; [tradução Adriana Pitella Sudré...[et
al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2009.
Fisiologia Muscular. Curso de Fisiologia
2007 Ciclo de Neurofisiologia. Departamento de Fisiologia, IB
Unesp-Botucatu Profa. Silvia M. Nishida
GUYTON, A.; HALL, J. Tratado de Fisiologia Médica. 12ª edição, Rio de Janeiro: Elsevier,
2011.
<http://engenhariaexpress.blogspot.com.br/2009/01/choque-eltrico.html>.
Acesso em 03 de março de 2016.
<
http://www.del.ufms.br/Materiais.pdf>. Acesso em 03 de março de 2016.
<http://www.cursonr10.com/efeitos-do-choque-eletrico>.
Acesso em 03 de março de 2016.
Ingrid Andrade de Meneses.
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